
Como funciona a Gravidez Psicológica?

Gravidez psicológica é um termo que você provavelmente já ouviu falar (talvez até conheça alguém que já tenha passado por isso), mas, provavelmente não entende bem o que é e como ela funciona.
Essa situação costuma ser muito confusa para a mulher que passa por ela e para as pessoas próximas que convivem com ela.
Dentro de todas as notícias, artigos e reportagens falando sobre esse assunto, fica difícil entender do que ela realmente se trata.
Vamos explicar melhor quando ocorre e como funciona a gravidez psicológica, além de tirar algumas dúvidas comuns, principalmente entre mulheres, sobre o que pode ocasionar essa situação.
O que é a Gravidez Psicológica?
Também chamada de Pseudociese, é um estado no qual o corpo da mulher produz vários sintomas de uma gravidez, sem que ela esteja grávida de fato.
É importante, de início, tirar da mesa um argumento muito utilizado para falar sobre a gravidez psicológica, afirmando que é uma invenção ou mentira da mulher para chamar atenção ou causar algum tipo de comoção.
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A mulher nesse estado realmente acredita que está grávida, e seu organismo reage como se ela realmente estivesse passando por uma gestação.
Hormônios típicos do período de gravidez são produzidos, como o estrógeno (que seria responsável por preparar o corpo da mulher para receber um maior volume de sangue e nutrir o feto) e a prolactina (o hormônio que prepara as glândulas mamárias para a produção de leite).
Além disso, o organismo passa por várias outras transformações que levam aos seguintes sintomas da gravidez:
- Enjoos;
- Ausência ou atraso da menstruação;
- Aumento da barriga e das mamas;
- Produção de leite materno;
- Desejos alimentares;
- Sonolência.
Em alguns casos mais agravados, mulheres chegam a relatar a sensação de sentir o feto mexer na barriga ou sentir as dores características ao trabalho de parto (as famosas contrações).

O que causa?
A gravidez psicológica é considerada um distúrbio mental com sintomas conversivos, ou seja, ela tem um início repentino e uma duração variada para cada pessoa, geralmente causada por grandes estresses psicológicos enfrentados pela mulher.
É importante frisar que o gatilho para um estado como esse não é o estresse que conhecemos e vivemos no dia a dia, mas sim relacionado à relação da mulher com as pessoas à sua volta e com a possibilidade de engravidar.
O que se fala de estresse para ocasionar um distúrbio mental está relacionado a problemas emocionais e psicológicos que uma mulher pode enfrentar, especialmente relacionados com a maternidade.
Alguns exemplos de situações que podem causar a gravidez psicológica são:
- Pressão da família ou do parceiro para engravidar: uma grande pressão de pessoas próximas da mulher para que ela engravide, agravada pela dificuldade para realizar a concepção;
- Abortos espontâneos sucessivos: passar por um aborto espontâneo já é uma grande dificuldade para a mulher. A ocorrência em sucessivas vezes, ainda mais quando o desejo de ser mãe é grande, pode levar a problemas de baixa autoestima e um sentimento de culpa, que prejudica o psicológico da pessoa.
- Insegurança com o relacionamento ou medo de abandono: é possível entrar em um estado de gravidez psicológica por problemas no relacionamento com o parceiro ou um grande medo de sofrer abandono. É uma situação de estresse psicológico e que pode levar a quadros depressivos.
No geral, a gravidez psicológica é ocasionada por um estado emocional e psicológico abalado da mulher, que envolve o relacionamento dela com as pessoas próximas e com seu desejo de engravidar.
Qual é o tratamento?
O tratamento para superar a pseudociese se inicia com a demonstração para a mulher de que, apesar de ter os sintomas da gravidez, ela não está grávida.
Isso envolve mostrá-la que os exames de gestação são negativos, acompanhados de uma explicação de um médico especialista.

Ao contrário do que muitos podem pensar, o exame de beta HCG, hormônio produzido pelas células que darão origem à placenta, dá o resultado negativo em casos de gravidez psicológica. Apesar de possuir os sintomas da gravidez, como não é possível formar a placenta, o hormônio não é identificado no exame.
Além disso, em casos que apenas o resultado desse exame não é o suficiente, pode-se realizar um exame ultrassom para comprovar a não gravidez.
Por se tratar de um distúrbio psicológico, é importante utilizar um tratamento psicológico, juntamente com os exames negativos, para que a mulher possa aceitar sua condição e superar a notícia de que não está grávida.
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos hormonais para regularizar a menstruação e reduzir os níveis de hormônios; como a prolactina, para que o leite materno não seja produzido.
O essencial, durante todo esse processo, é o apoio que a mulher recebe e o acompanhamento de seu estado psicológico, para que ela possa voltar a ter uma mente e um corpo saudável.
Existe prevenção para Gravidez Psicológica?
Não existe um jeito concreto e comprovado que possa prevenir a gravidez psicológica.
É um fenômeno pouco comum (aproximadamente ocorre em 20 de cada 25 mil gestações) e que pode ocorrer também em outros animais, como cadelas.
No entanto, por estar relacionada ao estado psicológico da mulher, é importante ter um equilíbrio e cuidado com sua saúde mental e emocional. Frequentar a terapia e sempre procurar bons relacionamentos com as pessoas à sua volta são boas formas de manter a vida balanceada.
Além disso, é essencial que a mulher tenha o apoio das pessoas à sua volta e de seu parceiro. O processo de engravidar e de iniciar a maternidade é algo bastante esperado por algumas mulheres, mas também é delicado, que exige cuidado e paciência de todos os envolvidos.
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